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Estenose aórtica, o distúrbio que causou a morte de Jô Soares

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    No dia 16 de janeiro de 1938 (exatos 86 anos atrás), nascia José Eugênio Soares, mais conhecido como Jô Soares. O apresentador de televisão, escritor, dramaturgo, diretor teatral, ator, humorista, músico e artista plástico brasileiro nos deixou em agosto de 2022 em função de insuficiência renal e cardíaca, estenose aórtica e fibrilação arterial.

    Na data em que Jô completaria 86 anos, trazemos um especial sobre estenose aórtica:

    O que é a estenose aórtica

    A válvula aórtica é aquela que coordena a saída de sangue do coração para o corpo todo.

    A estenose dessa válvula é basicamente o seu estreitamento, que vai dificultando sua abertura para a passagem do sangue. É um processo lento e contínuo que, na maioria das vezes, se inicia ao redor dos 60 ou 70 anos. Estima-se que, nessa faixa etária, aproximadamente 5% das pessoas terão algum grau da doença.

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    Nas fases iniciais, o coração consegue se adaptar e trabalha mais para bombear o sangue através da válvula. À medida que o estreitamento (estenose) progride, a capacidade de adaptação vai se esgotando.

    No início, o coração se torna mais musculoso, um fenômeno que se chama hipertrofia. Nas fases mais avançadas, ele se dilata e enfraquece, levando a um quadro de insuficiência cardíaca.

    Sintomas e diagnóstico da estenose aórtica

    A estenose aórtica é uma doença silenciosa. Quando os sintomas aparecem, provavelmente ela já está avançada, com diferentes graus de hipertrofia ou dilatação do coração.

    Os sintomas podem ser:

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    • Dor ou pressão no peito
    • Sensação de fadiga e falta de ar
    • Síncopes que, em casos extremos, podem levar a morte súbita.

    Em geral, a estenose aórtica é detectada durante o checkup cardiológico. Nas fases bem iniciais, só é possível descobri-la através de exames como o ecocardiograma com doppler.

    O exame clínico pode mostrar um ‘sopro’ no coração, normalmente identificado pelo médico na ausculta cardíaca.

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    Fatores de risco

    O grande fator de risco da estenose aórtica é a idade. Alguns pacientes nascem com uma válvula aórtica bicúspide (com dois folhetos em vez de três). Nesses casos, a estenose pode ocorrer em idades mais jovens.

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    Mais recentemente, identificou-se que níveis elevados de colesterol e principalmente a lipoproteína (a) podem estar associados a estenose aórtica.

    Um checkup cardiológico pode identificar os vários graus da doença. Uma estenose leve pode nem evoluir para a versão moderada ou grave.

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    Embora não haja uma prevenção específica, acredita-se que manter os níveis de colesterol controlado, pressão arterial e glicose podem ajudar a progressão da estenose.

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    Tratamento da estenose aórtica

    Há mais ou menos 15 anos, a única forma de tratar a estenose aórtica grave era por meio de uma cirurgia cardíaca, com necessidade de abertura do peito. Essa modalidade ainda existe e é indicada em muitos casos.

    Porém, hoje existe a possibilidade de implantar uma nova válvula por cateter introduzido pelos vasos femorais. A técnica, conhecida como TAVI (sigla em inglês para Implante de Valva Aórtica Transcateter), apresenta vantagens importantes.

    Na maioria dos casos, o procedimento é realizado apenas com anestesia local e leve sedação, dispensa a permanência do paciente em UTI, o período de internação é menor (cerca de quatro dias) e a recuperação, mais rápida.

    No início dos anos 2000, quando foi desenvolvida, a técnica era reservada apenas a casos muito graves e em pacientes sem condições clínicas de serem submetidos à cirurgia convencional.

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    Mais recentemente, com o aumento da experiência e o desenvolvimento de próteses melhores, a TAVI pode ser indicada em casos mais leves.

    É importante ressaltar que a escolha da técnica e tratamento mais adequado devem ser realizados por meio de uma avaliação individualizada, considerando as particularidades de cada caso.

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    *Otávio Celso Eluf Gebara é cardiologista e intensivista, com livre docência em Cardiologia pela Faculdade de Medicina da USP. Também é fellow do American College of Cardiology e da American Heart Association

    (Este texto foi produzido em uma parceria exclusiva entre VEJA SAÚDE e Brazil Health)

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    (Logo: Brazil Health/Reprodução)

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